É natural, pois, que voce se deixe envolver, até a última fibra de sua alma, com essa participação de Jesus em trazendo o seu amado amigo Lázaro para a luz da vida.
Jesus não reluta em pedir a participação de todos, para que possa fazer Lázaro voltar ao encontro da vida espiritual, em ressurreição..
Por seus atos, destaca o Mestre que, na prática do bem, no reerguimento dos caídos, no socorro aos infortunados, devemos mobilizar os que se dazem espectadores para que eles também sejam coadjuvantes da cena, uma vez que o Bem deverá ser uma oportunidade de participação de todos.
Hoje a criatura é instrumento auxíliar.
Amanhã ela será a que polarizará todos para a ação benfazeja.
Emocionando-se, pois, com o fato do Cristo vivificar aos que dormem, para de novo remetê-los aos quadros de suas experiencias evolutivas, deixe que o seu discernimento, o seu bom-senso, absorva a mensagem total que se abrirá a seus olhos.
Não creia que a análise anule a fé.
A fé, banhada pelas luzes da inteligencia, envolta pelo bálsamo do amor, se transfigurará em baluarte de seu progresso espiritual, sem confundir-se com o fanatismo que enceguesse o homem.
Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao ve-lo lançou-se-lhe aos pés, dizendo:
- Senhor, se estivera aqui, meu irmão não teria morrido.
Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se, perguntando:
- Onde o sepultou?
Eles responderam:
- Senhor, venha e veja.
Jesus chorou.
Disseram, então os judeus:
- Vejam quanto o amava!
Mas alguns objetaram:
- Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer com que este não morresse?
Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo, sendo que este era uma gruta, a cuja entrada tinham posto uma pedra.
Então ordenou Jesus:
- Tirem a pedra.
Disse-lhe Marta, irmão do morto:
- Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias.
Respondeu-lhe Jesus:
- Não lhe disse eu que se voce crer verá a glória de Deus?
Tiraram, então, a pedra.
Jesus, levantando os olhos para o céu, disse:
- Pai, graça lhe dou porque me ouviu. Aliás, eu sabia que sempre o Senhor me ouve, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que o Senhor me enviou.
E, tendo disto isto, clamou em alta voz:
- Lázaro, venha para fora.
E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas e o seu rosto envolto num lenço.
Disse-lhe Jesus:
- Desatem-no, e deixem-no ir. (joão, capítulo 11, vers. 32 a 44).
